Sabes, sempre sonhei ter uma casa acolhedora junto a um lago. Uma residência isolada no meio do nada. Entre árvores e flora, onde reina a paz. Uma casa feita de pedra com paredes caiadas e divisões pequenas, capazes de suportar uma imensidão de histórias. Queria que o lago estivesse repleto de patos, nenúfares e flores das árvores. Queria que a casa tivesse um alpendre voltado para a imensa água, onde me pudesse sentar e arranjar inspiração para os meus livros. Sempre sonhei sentar-me na erva, junto à água turva e admirar o sol a pôr-se, com aquelas cores tão profundas e irreais, por entre a vegetação. Mas hoje dei-me conta de uma coisa. Este meu sonho não vale de nada, sabes porque? Porque, mesmo antes de te conhecer, o meu sonho sempre foste tu! Sempre te imaginei abraçado a mim no alpendre e não tenho qualquer dúvida de que a imaginação não seria transmitida pela paisagem, mas sim, por ti. Pelo calor do teu abraço que me faria viajar e criar novas histórias. Eras tu que eu imaginava a segredar-me em quantos tons se pintava o céu enquanto o sol se punha. Eras tu que eu imaginava aconchegado na minha cama, enroscado nos meus lençóis, a respirar suave e profundamente. Tudo isto para te dizer que eras tu, sempre foste tu que movimentavas os meus sonhos. E, agora, o meu sonho tornou-se realidade porque tu estás comigo. E agora que te tenho, não vou descansar enquanto não em disseres em quantas cores se pinta o céu enquanto o sol se põe, porque o nosso amor é assim, como o pôr-do-sol em dias de verão. Durante a noite vive em sonhos e, de madrugada, renasce sempre mais forte.

Sem comentários:

Enviar um comentário

obrigada pela opinião (: